Com o propósito de ajustar e consolidar todos os detalhes da edição nacional da 23ª Olimpíadas Especiais das Apaes e, assim, propiciar um momento único aos atletas do movimento apaeano, membros da diretoria executiva da Federação Nacional das Apaes (Fenapaes) e coordenadores de Educação Física, Desporto e Lazer das Federações de Estado (Feapaes) estiveram em Aracaju (SE), nos dias 10 e 11 de março, para participar do congresso técnico da competição, que, entre os diversos assuntos, teve por objetivo fazer uma análise das instalações dos locais que sediarão os jogos e atualizar os regulamentos geral e técnico.

Participaram do encontro o presidente José Turozi, os diretores William Ferreira (Social) e Carlos Mariz (Assuntos Internacionais), a presidente da Feapaes de Sergipe, Mônica Carmélia Souza, o coordenador nacional e paulista de Educação Física, Roberto Soares, o gerente Operacional da Apae Brasil, João Batista, e 21 coordenadores estaduais: Fernanda Fernandes (AC), Jamilly Pimentel (AL), André Sena (AM), Paulo Gonçalves (BA), Cleonilton Mulato (CE), Andrea Raulino (DF), Danillo Rodrigo (GO), Evandro Kommers (MT), Rafael Arnaldo (MS), Júlio César (MG), Jesse Asser (PA), Paulino Júnior (PR), Edson Alencar (PE), Leila Mesquita (PI), Fábio Coboski (RJ), Manassés Araújo (RN), Paulo Antoni (RS), Moizes Ferreira (RO), Lucas Erthal (SC), Denis Carlos (SE) e Valmir Lira (TO).

Estatutário e realizado a cada três anos, desde 1973, o evento deste ano ocorrerá entre 5 e 10 de dezembro, na capital sergipana, com a participação de 1,6 mil pessoas, entre atletas, técnicos e acompanhantes de todo o país. Segundo o regulamento, para chegar às Olimpíadas nacionais, os atletas devem disputar as seletivas estaduais, que acontecerão até o fim de julho. Serão 11 modalidades, sendo quatro coletivas (basquete, handebol, futsal e futebol society) e sete individuais (atletismo, natação, ginásticas rítmica e olímpica, tênis de mesa, capoeira e bocha). Além dos três líderes que subirão ao pódio, todos os atletas serão premiados.

Na visita, a comitiva examinou a infraestrutura dos espaços que recepcionarão as atividades da 23ª Olimpíadas: Universidade Tiradentes (Unit), Sesi, Ginásio Constâncio Vieira e Universidade Federal de Sergipe (UFS). Conheceu também o Centro de Convenções de Sergipe, que será utilizado para a abertura do evento e como QG da organização.

Já entre os principais assuntos abordados no congresso, apresentação, cadastro e calendário nacional de atividades esportivas deste ano, proposta de estruturação das Olimpíadas, prazos e procedimentos para envio das documentações e atualização dos regulamentos geral e técnico.

Na ocasião, o presidente José Turozi afirmou que Aracaju fará um grande evento, “fantástico e bem organizado”, e solicitou apoio aos coordenadores para a concretização desse planejamento e para que a organização tenha amplo acervo da competição. Será a primeira vez que Sergipe sediará a edição nacional das Olimpíadas Especiais, que também têm por finalidade dar visibilidade às ações desenvolvidas pelas Apaes em todo o país e no Estado que realizará os jogos. Sergipe tem seis unidades e está em fase de implementação de mais três.

Turozi enfatizou ainda a importância do esporte e da competição apaeana para os assistidos. De acordo com ele, mais do que representar seus estados, ganhar medalhas e fazer novas amizades, as duas ferramentas propiciam às pessoas com deficiência mostrar autonomia, determinação e superação.

“Por isso, a Rede Apae Brasil estimula a prática do esporte. E o congresso técnico serve para que possamos ajustar todos os pontos do planejamento e, assim, presentear nossos atletas com um momento único e despertar, por meio do esporte, a atenção dos brasileiros para a importância da eliminação das inúmeras barreiras atitudinais e da plena inclusão das pessoas com deficiência na sociedade”, salientou. “Sergipe pode ser o menor Estado do Brasil, mas vamos fazer aqui uma grande Olimpíada nacional das Apaes”, afirmou.

O coordenador Roberto Soares classificou a reunião como “positiva”, e explicou que, a partir de agora, os representantes estaduais da área deverão dar andamento às orientações e a todos os procedimentos para fazer as inscrições dos competidores no período previsto, além do envio de dados.

“O evento, a partir do congresso técnico, ganha um respaldo significativo, técnico, por conta do compromisso que foi estabelecido na reunião”, disse Roberto, enfatizando o início de uma nova fase para as Olimpíadas das Apaes. “Algumas palavras-chave simbolizam o que foi essa reunião: união, inclusão, renovação, oportunidade e amor. Nós trabalhamos com muito carinho e amor pensando na causa e nos benefícios que essas ações proporcionarão aos nossos atendidos.”

Apoio e parcerias

Na quarta-feira (9), um dia antes do início dos trabalhos do congresso, a diretoria executiva da Fenapaes concedeu entrevistas à imprensa local e se reuniu com o secretário da Juventude e do Esporte de Aracaju (Sejesp), Sérgio Thiessen, e a superintendente Especial de Esporte de Sergipe (SUPEE), Mariana Dantas, para viabilizar apoio e parcerias, tais como a confecção de medalhas e troféus, garantir suporte em logística e equipamentos, por exemplo. A comitiva também foi recebida pelo reitor da Unit, Jouberto Uchôa, que corroborou total apoio à competição apaeana. Cerca de 80% das atividades esportivas acontecerão na universidade.

Além disso, José Turozi participou de premiação a atletas que concorreram à seletiva nacional para a Gymnasiade, competição escolar que reúne equipes de todo o mundo. O evento ocorre a cada dois anos e conta com a presença de mais de 100 países. A França sediará a edição deste ano. Durante o certame, realizado no Complexo Esportivo da Unit, o presidente da Apae Brasil se encontrou com o presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), Antônio Hora Filho, com a pretensão de viabilizar futuras parcerias entre as duas instituições. A seletiva da Gymnasiade é promovida pela CBDE.

Já na quinta-feira (10), após as visitas, Turozi convidou o ex-jogador de futebol Washington, o Coração Valente, para apoiar as Olimpíadas. O ex-atleta, que hoje reside na capital sergipana, aceitou de prontidão o pedido.