O Papa Francisco defendeu hoje no Vaticano uma maior inclusão das pessoas com deficiência, exigindo respeito efetivo pela sua dignidade.
A qualidade de vida no seio de uma sociedade mede-se, em boa parte, pela capacidade de incluir os que são mais fracos e necessitados, no respeito efetivo pela sua dignidade de homens e de mulheres, declarou, numa audiência aos membros da ‘Comunità di Capodarco’, organização católica italiana que acompanha pessoas necessitadas e com deficiência.
Francisco sustentou que a maturidade de uma sociedade acontece quando esta inclusão já não é vista como algo de extraordinário, mas passou a ser normal. Também a pessoa com deficiência e fragilidades físicas, psicológicas ou morais deve poder participar na vida da sociedade e ser ajudada a desenvolver as suas potencialidades, nas várias dimensões, apelou.
O Papa afirmou que o reconhecimento dos direitos dos mais fracos é a garantia de que uma sociedade está fundada sobre o direito e a justiça, evitando quaisquer discriminações.
Uma sociedade que desse espaço às pessoas plenamente funcionais, totalmente autónomas e independentes, seria uma sociedade indigna do homem, alertou.
A intervenção equiparou a discriminação de pessoas com deficiência à que tem como base a raça, o sexo ou a religião.
Francisco elogiou o trabalho da Comunidade de Capodarco, que em 2016 celebrou 50 anos de vida, como um sinal de esperança para as pessoas que mais sofrem, sublinhando a coragem e espírito de sacrifício de quem se compromete neste campo.
O Papa observou depois que a participação de pessoas com deficiência na vida da Igreja abre caminho a relações simples e fraternas.
No fim do encontro, Francisco cumprimentou durante vários minutos as pessoas que se encontravam na sala de audiências Paulo VI.