Depois do sucesso no Rio de Janeiro, o Capacita Apae Brasil desembarcou nesta quarta-feira (6) em Maceió para levar informação e conhecimento aos presidentes, gestores e profissionais das Apaes de Alagoas e Sergipe. Até sexta-feira (8), membros do movimento apaeano de ambos os estados participarão de palestras, oficinas e debates sobre gestão, assistência social, trabalho, saúde e prevenção e educação e ação pedagógica, com o propósito de ampliar o aprendizado a respeito de assuntos relacionados às áreas, que foram escolhidas pelos estados. O programa é realizado pelo Instituto Apae Brasil de Ensino e Pesquisa.

A cerimônia de abertura dos trabalhos ocorreu no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso e contou com a presença de membros da diretoria executiva da Federação Nacional das Apaes (Fenapaes), entre eles o presidente em exercício Nilson Ferreira; o 1º diretor Financeiro, Hélio Lopes; e a procuradora Jurídica, Mírian Queiroz. Integraram também a mesa de autoridades o autodefensor da Federação das Apaes de Alagoas, Robertson Júnior; os presidentes das Feapaes de Alagoas e Sergipe, Aílson Loureiro e Mônica Souza, respectivamente; o deputado estadual e ex-presidente da Feapaes alagoana, Léo Loureiro; e o vereador Aldo Loureiro, de Maceió.

Também estiveram presentes o diretor para Assuntos Internacionais da Apae Brasil, Carlos Mariz, e membros da equipe técnica da organização, como Ivone Maggioni Fiore e Iracema Ferreira, respectivamente coordenadoras de Assistência Social e Inclusão no Mundo do Trabalho; Eliane Santos, assessora técnica de Saúde e Prevenção; e a professora Sabrina Castro, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), da área de educação.

Em seu discurso, Nilson Ferreira destacou a importância do Capacita para a base do movimento apaeano, que visa proporcionar a todos os colaboradores das 2.227 Apaes oportunidades de conhecimento para a ampliação e melhoria dos serviços oferecidos pela Rede e o fortalecimento das pessoas com deficiência, bem como promover a inclusão, a autonomia, o protagonismo, a independência e o direito à cidadania delas em todos os espaços sociais. Além disso, estruturar um plano de formação continuada aos profissionais, por meio de uma plataforma do Instituto Apae Brasil.

“Nosso organograma sempre teve as coordenadorias nacionais, desde à época do Luiz Alberto Silva, no início dos anos 2000. Mas, com todo o respeito que tenho pelos coordenadores daquele período, pouco chegava na base, porque era difícil eles saírem e fazer o curso de capacitação. E quando chegou a possibilidade, entendemos que era o momento, que iria dar certo. Pensamos então em fazer um curso, agregando os coordenadores técnicos com outros profissionais que a gente convidaria, para levar conhecimento às Apaes do Brasil. Graças a Deus tivemos o apoio de todos os coordenadores técnicos, que nos ajudaram a elaborar o projeto Capacita Apae Brasil, que teve início em 2019, mas que, devido à pandemia de Covid-19, precisamos interromper. E recomeçamos no mês passado, no Estado do Rio de Janeiro, que foi um sucesso total”, afirmou Nilson.

Os estados de Acre, Piauí, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Paraíba e Tocantins serão os próximos a sediar o evento. A previsão é que o programa contemple todas as unidades da Federação até o início de 2023.

“O Capacita aproxima as Apaes, as Feapaes e traz as pessoas da Federação Nacional de encontro a vocês para que nos conheçam e tenham a liberdade, durante as palestras, de tirar dúvidas e trocar experiências, porque essa também é a finalidade do programa”, sublinhou Hélio Lopes.

Segundo momento

Durante a solenidade, Léo Loureiro destacou o crescimento do movimento apaeano em Alagoas, que atualmente conta com sete unidades, e defendeu a importância da capacitação permanente para os profissionais das Apaes. De acordo com o deputado, mais do que discutir a melhoria de atendimento e os tipos de tratamento e acompanhamento, “a gente precisa ir para um segundo momento”.

“Acredito que, agora, temos que capacitar mais, requalificar e evoluir”, afirmou o ex-presidente, que pontuou também a relevância de o movimento trazer e treinar profissionais, além de assegurar condições para que não optem pelo mercado privado, e buscar aqueles que não tenham somente curso de graduação, mas também de pós-graduação.

“A gente precisa capacitar, evoluir. Não é fácil. Em centros e capitais é um pouco mais fácil, mas quando vamos para o interior, é mais difícil. Nós temos uma dificuldade muito grande”, explicou.

Léo Loureiro frisou ainda a importância dos colaboradores para a Rede Apae e que o Capacita é o “grande momento” de aprendizado que Alagoas e Sergipe terão. “Nós viemos ao mundo para ajudar e fazer a diferença”, afirmou o deputado, integrante do movimento apaeano há 21 anos. “Não é meio de vida, não é por dinheiro. Se eu não souber qual é a essência real de estar em uma instituição como a Apae, nós estamos no lugar errado. Esse é o principal ponto, e o resto a gente vai lutando que dá certo”, concluiu.